Artesãs amazonenses desenvolvem aprendizado para o trabalho em equipe e para a economia solidaria
O artesanato é uma das opções mais frequentes para que mulheres, mães de família, possam gerar renda. Mas, se produzir muitas vezes é simples para quem possui a técnica, comercializar os trabalhos quase sempre é mais complicado. Uma alternativa é a formação de associações, que permitem potencializar a exposição dos produtos e reforçar outras ações em coletivo para fortalecer os negócios.
Um grupo de artesãs do Amazonas sentiu esta necessidade e decidiu se unir, formando a Associação de Artesãos de Itacoatiara, no início de 2012. Não demoraram a perceber que montar uma organização social poderia ser até mais difícil do que vender. “A gente não tinha noção de como fazer as coisas. Quase ninguém ia às reuniões e não chegávamos a conclusão alguma”, conta a artesã Marinês de Oliveira de Assis, 52 anos.
Até que a Fundação André e Lucia Maggi, que apoia o empreendimento, pediu ajuda ao Consulado da Mulher. A assessoria ao grupo iniciou em agosto de 2013, promovendo capacitação em planejamento financeiro, precificação, trabalho em equipe, entre outros temas.
Além do aumento na comercialização, outra evolução importante foi a melhoria do relacionamento interpessoal das artesãs. “Agora estamos caminhando. Aprendemos a conviver em grupo, a respeitar as diferenças.” Além de vender seus produtos individualmente, as artesãs já começaram a realizar suas primeiras ações coletivas.
O espaço delas, localizado na rodoviária da cidade para a venda dos artesanatos, agora abre todos os dias – antes volta e meia elas não sabiam quem estava com a chave. “Hoje somos 14 mulheres, mas queremos unir todas as artesãs de Itacoatiara”, vislumbra Marinês.
Nossa gratidão ao fotógrafo Ricardo Cruz, que registrou o trabalho destas empreendedoras voluntariamente.
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