Gastronomia rural
- Ricardo Xavier
- 19 de jul. de 2015
- 2 min de leitura
Da primeira cozinha, montada com doações da Consul, saíram vários projetos para vender alimentos, como banana e mandioca chips

Há mais de 16 anos, Expedita Saldanha dos Santos, 51 anos, lutava por um pedaço de terra para viver. Em 1998, após inúmeras ocupações e despejos, 40 famílias, entre elas a de Expedita, chegaram ao Horto Florestal de Cordeirópolis (SP) e fundaram o Assentamento XX de Novembro.
Elas tornaram a área habitável, formaram uma associação de produtores rurais e chamaram atenção – inclusive do Consulado da Mulher – pelo seu esforço e perseverança. “O Consulado foi um presente do céu e eu agradeço todos os dias. Sem essa parceria não teríamos condições de construir o que construímos”, conta Expedita, uma das fundadoras do Grupo de Mulheres Recanto das Palmeiras. E elas construíram muito.

Da primeira cozinha, equipada com eletrodomésticos Consul, saíram vários projetos para vender alimentos, como banana e mandioca chips na unidade de Rio Claro da Whirlpool Latin America e em eventos diversos da cidade. O grupo seguiu a orientação do Consulado de sempre depositar parte do lucro para o futuro. Em 2012 começaram a tocar o projeto do restaurante, que se tornou realidade e foi inaugurado em dezembro de 2013, com doações do Consulado e de muita gente da região.
O Instituto assessorou as empreendedoras com a gestão dos negócios, fluxo de caixa, precificação e outras noções empresariais. Atualmente, elas produzem refeições diárias, servidas no salão ou em marmitex, além de almoços especiais com pratos como Porco no Rolete e Vaca Atolada. “O importante foi abraçar a causa, vestir a camisa e ter muita teimosia para não desistir nos primeiros problemas. Acho que toda empresária passa por isso. O começo é difícil, mas a esperança de melhorar a cada dia nos leva adiante”, conclui Expedita.

Nossa gratidão à Gabriela Urtiaga, que registrou o trabalho destas empreendedoras voluntariamente.
Comments