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Foto do escritorRicardo Xavier

Loja de Artesanato Solidário é reinaugurada em Rio Claro

Reinauguração representa novas oportunidades de geração de renda para 21 artesãs da cidade.


Isabel Rezende, Nadir Shenki, Bruna Santos, Sônia Pauletto e Aparecida Tavares

Isabel Rezende, Nadir Shenki, Bruna Santos, Sônia Pauletto e Aparecida Tavares


A terça-feira do dia 23 de julho foi uma data mais do que especial para 21 mulheres de Rio Claro, interior de São Paulo. O dia marcou a reinauguração da Loja de Artesanato Solidário, empreendimento que desde 2004 tem contribuído para valorizar o trabalho de quem cria oportunidades com as próprias mãos.

Mesmo a chuva e os fortes ventos não foram capazes de esfriar o clima de alegria e descontração entre os convidados presentes, que prestigiaram não só a reinauguração do espaço, como também a apresentação da Rede de Artesanato Solidário de Rio Claro, que é composta por três empreendimentos assessorados pelo Instituto Consulado da Mulher.

Com a criação da rede, os grupos Colmeia Azul e Biojoias da Terra unem-se ao Mãos Arteiras, que até então era o único responsável pela gestão da loja. A mais jovem artesã da rede, Bruna Santos Yamagami, de 27 anos, acredita que a gestão coletiva do espaço traz uma série de benefícios para as empreendedoras. “Além de mudar o formato da loja, o principal é unir os grupos. Porque cada uma trabalha de um jeito, mas com esforço conseguimos muito mais. A gente consegue pegar uma encomenda maior e fazer, consegue deixar a loja com mais variedade, consegue se unir para várias coisas que individualmente seriam difíceis”, destaca.

Para Nadir Shenki, que integra o grupo Mãos Arteiras e participa da loja desde sua primeira inauguração, trabalhar em rede é ainda melhor quando existe união e amizade. “Trabalhar em de rede é ótimo, porque eu já conheço todas as meninas, a gente vem de uma amizade de mais de 12 anos. Reunir toda essa turma é gratificante”, conta.

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A reinauguração da loja representa não só um espaço mais arrojado e bonito, como também a criação de novas possibilidades de geração de renda. É o que destaca a empreendedora Isabel Rezende, também do grupo Mãos Arteiras: “Representa crescimento, amadurecimento, é um momento novo. Estamos agregando novas companheiras, novas pessoas, que pensam de maneira diferente e que chegaram para contribuir com o nosso trabalho. O que também vai alavancar as venda dos produtos”.

Ela destaca que ainda que o dinheiro gerado pelo artesanato não seja a principal fonte de renda de todas as artesãs, ele tem sido extremamente importante para a vida de cada uma delas. “Nós fazemos artes? Sim. Mas também precisamos ganhar dinheiro. Muitas coisas eu fiz do dinheiro do artesanato e muitas portas o Consulado da Mulher abriu para mim”.

Para Sônia Pauletto, que é artesã há 8 anos, gerar renda é importante, mas não é tudo. “Igual o Consulado fala: geração de renda e qualidade de vida. Para mim a geração de renda acaba não sendo o principal objetivo. É a qualidade de vida, aquilo que não deixa a gente ficar estressada, em casa chorando ou com depressão. A gente troca nossos problemas pelo artesanato. Passa por cima dos problemas e a vida melhora”.

De forma colaborativa e participativa, a Loja de Artesanato Solidário de Rio Claro tem como principais metas se consolidar como ponto de exposição e venda de artesanato local e regional, criando uma linha de produtos com identidade própria. Com a assessoria do Consulado da Mulher, os grupos têm se articulado para começar a vender seus produtos online – via e-commerce -, o que promete derrubar fronteiras e expandir a venda dos artesanatos para todo o Brasil.

Mais sobre os grupos:

Por meio de técnicas diversas, os grupos Mãos Arteiras e Colmeia Azul produzem desde itens de uso pessoal, como nécessaires e toalhas, acessórios, como fivelas, tiaras, colares e brincos, até produtos de decoração como abajures, caixas diversas, quadros, mesinhas, enfeites em geral.

Já o grupo Biojoias da Terra tem como diferencial a produção de bijuterias cuja matéria-prima é composta de sementes, raízes, folhas e frutos colhidos e tratados pelas artesãs que são transformados em colares, pulseiras, brincos, chaveiros e aneis. Estes produtos podem ser descartados de volta para a terra, completando o ciclo da natureza.

Atualmente, a renda gerada pela Rede de Artesanato Solidário beneficia, no mínimo, 42 pessoas indiretamente.

Serviço:

A Loja de Artesanato Solidário de Rio Claro fica na Avenida Visconde de Rio Claro com a Rua 2, número 150. Entre em contato pelo telefone (19) 3023-3273.

Coffee break

O coffee break oferecido durante o evento foi realizado pela Rede de Alimentação Solidária de Rio Claro, que também recebe a assessoria do Consulado da Mulher.  Os convidados puderam experimentar pratos típicos de festa junina, como canjica, cachorro quente, pudim de amendoim, bolo de farinha de milho e aipim. Para encomendar os serviços da rede, ligue: (19) 9448-8819.

Clique aqui para ver conferir as fotos do evento.

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