Iniciativa prevê construção de cozinha social e horta comunitária para reclusas
Foto: Uesley Marcelino | Reuters
O Instituto Consulado da Mulher realizará a doação de eletrodomésticos Consul para um projeto gastronômico no presídio feminino de Florianópolis, em Santa Catarina.
A ação será complementar à construção de uma cozinha social e à inauguração de uma horta comunitária no local. Também serão realizadas capacitações e oficinas culinárias para as 115 mulheres que cumprem pena ou esperam sua condenação na unidade.
Para o coordenador de programas sociais, Paulo Dalfovo, a iniciativa é importante por incentivar a autonomia das mulheres na superação de obstáculos: “Acreditamos no potencial delas. Muitas estão nesta situação devido à relação com seus parceiros”.
Ele cita que algumas das reclusas estão cumprindo pena por terem servido de ‘mulas’ para seus parceiros, gíria usada para nomear pessoas que transportam drogas. “Nosso objetivo é mostrar que há outros caminhos de geração de renda e que elas têm total condição de sair da situação em que se encontram”, complementa.
Também são importantes parceiros do projeto o Ministério do Trabalho, o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) o Igeof (Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis) e Vanderlei Farias, vereador do município de Florianópolis.
Mulheres e o sistema prisional brasileiro
Trinta e seis mil mulheres estão presas hoje no Brasil, segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen). O número corresponde a 7% da crescente população carcerária brasileira.
Boa parte destas mulheres está atrás das grades por envolvimento em crimes relacionados ao transporte e consumo de drogas.
De acordo com o Ministério da Justiça, a mulher encarcerada no Brasil geralmente é jovem, tem baixa escolaridade e é chefe de família, precisando recorrer a crimes para garantir o sustento da casa.
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A unidade prisional feminina da capital catarinense oferece às mulheres atividades e oficinas de geração de renda para que elas tenham a chance de diminuir seu tempo de pena. Para saber mais, assista à matéria da RICTV clicando aqui.
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